sábado, 31 de maio de 2014

Reflexão-Maria João Tomás

Sendo certo que estas eleições são uma grande farsa, podem ser a solução para o fim da guerra na Síria, apesar da comunidade internacional não parecer ter vontade de acabar com o conflito. Se por um lado a indústria de armamento precisa de escoar os seus produtos, os países que os fabricam têm a necessidade de mostrar que têm tecnologias inovadoras, até porque os últimos tempos têm sido prodigiosos no aparecimento de novos conflitos e a Síria é um belíssimo local para testar os novos materiais. Muito para além da nobreza em alcançar a democracia e a liberdade para o povo sírio, é antes uma luta de conflitos de potências externas ao país, alheia dos interesses da população, que morre todos os dias ou que foge desesperada por auxílio que nunca chegará. A ajuda humanitária, por seu lado, em vez de abnegada, é um lucrativo comércio de produtos de primeira necessidade, que raramente chegam ao seu destino. O tráfego de seres humanos é igualmente muito lucrativo, porque milhares de pessoas sem identificação depressa adquirem a mais conveniente, ou simplesmente desaparecem para trabalhar em regime de escravatura, na construção de estádios de futebol e edifícios colossais, ou então são vendidas para o comércio sexual, tal como tem sido largamente denunciado pelas organizações de defesa dos direitos humanos.

Maria João Tomás no DN

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Reflexão-Loureiro dos Santos

Será que as políticas de defesa de Berlim poderão também pôr em causa a coesão da NATO, portanto a segurança e a integridade territorial dos seus Estados-membros na Europa?

Ou estará Berlim mais apostada em assegurar um poderoso eixo germano-russo, convencida de que nele imporá os seus termos, em vez de um bloco ocidental atlântico constituído pelos EUA, Canadá, e países da Europa Ocidental por si liderados, face a uma Rússia que ambiciona reposicionar-se nos termos geopolíticos vantajosos que perdeu no fim da guerra fria?

Ou pretenderá antecipar-se a uma eventual aliança russo-chinesa, aparentemente já em formação? Para, de uma forma hábil, impedir a sua concretização? Ou reforçar o seu enorme potencial em comparação com o dos Estados Unidos?

Loureiro dos Santos no Público

Argélia-Feira Internacional de Argel (30.05.2014)

Entre os diversos stands portugueses (Portugal era, a seguir à França, o país da Europa mais bem classificado na ordem das bandeiras),  os gatos, o stand da Varian no pavilhão dos USA, a diversidade de temas desta feira, nada fez esquecer a nossa FIA. Mais estruturada, limpinha e orientada





sábado, 24 de maio de 2014

Algéria-Monumento aos Mártires

 Monumento aos mártires da guerra contra a França (24.05.2014)

Livros lidos

Primeiro livro terminado na Argélia, em Blida, sobre as dependências várias do homem, desde as drogas, ao alcóol, passando pelos iphones e pelos cupcakes.
FOTO na "esplanada" a beber um café
FRASE - ver foto

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Argélia-especiarias







Reflexão-Viriato S. Marques


Pelo respeito obrigatório

Por toda a Europa os estudos de opinião revelam que o desagrado dos cidadãos com a crise europeia se traduzirá, no próximo domingo, de um modo duplo. Por um lado, através do crescimento de algumas formações radicais de direita, comprometidas abertamente com a destruição do projeto de unidade europeia. Por outro lado, e numa altura em que a participação dos eleitores seria decisiva, cresce a tendência inversa para a abstenção. Em Portugal, algumas vozes com autoridade para ser escutadas formularam a hipótese de se avançar para a introdução do voto obrigatório. Muitos países têm esse instituto, contudo é preciso avaliar se essa medida iria ajudar, ou não, a resolver o problema profundo e corrosivo do défice de confiança entre eleitores e eleitos que atinge o nosso sistema político. Infelizmente, o curso da campanha por parte dos partidos centrais não nos convida a apoiar semelhante reforma. Como na calafetagem de um navio, as mudanças no sistema político devem ser introduzidas no sítio por onde entra a água, e não ao lado das zonas em perigo. Ao verificarmos que a campanha, em vez de apontar uma estratégia para a crise nacional e europeia, tem sido desperdiçada com metáforas biomédicas, apetece dizer que o problema está nos candidatos e nos partidos que os promovem, e não tanto nos eleitores. A reconquista da confiança política tem de começar pela definição de um código de disciplina que passe pelo respeito da inteligência dos eleitores por parte dos candidatos durante as campanhas. Quando os candidatos fazem campanhas primitivas e agressivas, desenhadas totalmente no cérebro reptiliano, não se pode esperar que os eleitores respondam com as zonas mais nobres do neocórtex.

Viriato Soromenho Marques in DN

Argélia-filme tirado de cima da grua


Maria-Maio2014


sábado, 17 de maio de 2014

Reflexão-café o Grilo

Café o Grilo

Nunca fui de muitas falas na minha vida. Preservo o verbo, porque lhe dou muita importância. Também com o Pedro, nas poucas vezes em que aí fui, para comer um queque (que saudades!!!) e beber um café, nunca fui de muitas falas.

Mas apercebi-me, desde logo, que o ambiente que aí se vivia, era bem diferente de (muitos e muitos!) outros.

Por isso, daqui de Blida na Argélia, contem comigo para vos continuar a ler, a reconhecer a vossa boa onda, e - interiormente -, a fazer tudo para que possam transmitir essa (boa) força aos outros.

Eu, que sou um pessimista por natureza, continuo a deleitar-me com o que leio no blog, e a recordar o que de bom sentia quando aí ía.

Ah!, e continuem a fazer queques que um dia destes tenho de ir aí :)

Obrigado

Luiz

 

SÁBADO, 17 DE MAIO DE 2014

Da Argélia

Fico muito contente que na Argélia o L. leia o blog do Grilo. Sabe? tentámos desde o primeiro dia que chegámos ao Grilo, transportar para lá a maneira como funcionamos em nossa casa. Ao longo de 22 anos, tem funcionado o que nos deixa contentes. Hoje por exemplo tem sido um dia complicado para mim, mas ao ler o seu comentário, chego à conclusão que afinal valeu a pena Precisamos de pessoas como o L. para nos dar a coragem de continuar. Obrigada e quando aparecer pode falar mais um bocadinho, nós sabemos escutar.

Argélia-primeiros restaurantes

Refeições no restaurante Sindbad (dos Kabilis 1 e 2) no Centro Comercial Beb-Azzouaf (3 e 6) , na Boulevard em Blida 4) e no dos frangos em Beni Mered (5)





Argélia-passeio a Chrea e estrada para Bougara

 
 

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Engenharia-reflexão (Scientific American)

 


http://blogs.scientificamerican.com/oscillator/2014/05/07/the-calling-of-an-engineer/

The Calling of an Engineer

The Canadian Engineer's Iron Ring

One of my good friends is an engineer trained in Canada. I had noticed over the years that she always wears a plain silver ring on her pinky, but I never asked if it had any special meaning to her. Recently I learned that it’s her Iron Ring, something worn by all Canadian engineers on the pinky finger of their working hand to remind them of their responsibility to the public. When they write or draw, the ring hits the surface of the paper and the facets provide a “sharp reminder” of engineering ethics and the engineer’s obligation to make things that are useful and safe. Legend has it that the metal used to make the rings comes from the beams of the Quebec Bridge, which collapsed in the early 20th century as a result of shoddy engineering. The ring and the ring-giving ceremony were designed in the 1920s to prevent such disasters in the future.

The Quebec Bridge Disaster of 1907

The ceremony conferring the Iron Ring to graduates of university engineering programs is “not secretive, but modestly discreet,” and my friend didn’t give me many details since participants are asked not to discuss the ceremony with others. Called the Ritual of the Calling of an Engineer, the ceremony was created by Rudyard Kipling and is overseen by the Corporation of the Seven Wardens. This article from the Canadian University Press gives some more information about the ceremony and its symbolism:

A chain is wound around all the pews where the new grads sit waiting for the ritual to begin. Mentors, who will later bestow the iron rings, sit on outer pews, and the seven wardens presiding over the ritual sit at a long table at the front of the sanctuary. A new altar is at the head of the church featuring a hammer and anvil. They are used to tap out a message in Morse code to start the ritual. “It’s three letters: S – S – T. It stands for steel, stone and time or soul, spirit and time,” Paknys [engineering professor at Concordia University] explained. A rivet from the Quebec Bridge — the two-time provincial disaster widely-rumoured to have triggered the iron ring tradition — is chained to the hammer.

I love everything about this story: the weird mystical ceremony, the sense of community that the ring creates, Canadian engineers’ sense of obligation to the public good, and the way that such a simple symbol helps make ethics a daily part of an engineer’s life and work. But there’s also something very quaint and old-fashioned about the whole thing, not the least of which being that engineers are rarely doing their work with paper and pen these days. What might an updated symbol for today’s (Canadian and non-Canadian) engineers look like? How much does/could such a symbol change the technologies that engineers build?



(O sublinhado é meu)

Reflexão-Rui Lourenço Maria


Deliciosa ( a provocação, claro) e merecedora de reflexão. Ora bem...
Quanto à realidade e o "alegado" milagre de Maio, é curioso.
O que é isso de "saída limpa"?
Aumentar exponencialmente a dívida pública para assegurar o pagamento de empréstimos anteriores, numa escalada permanente aos mercados?
É que ainda não vi qualquer redução nas despesas do aparelho do estado (em que isto está), antes pelo contrário, os cortes na área social não chegam para colmatar os aumentos do custo de funcionamento do aparelho do estado (o tal) e compadrios económicos associados.

Quanto aos dirigentes políticos (no poder e oposição) permito-me citar Churchill: "Estadista, trabalha para uma geração. Político, pensa e trabalha para a próxima eleição". O facto é que nem políticos temos, para atingir o estatuto é necessário pelo menos conhecer a "polis" e as suas necessidades e anseios. E , de facto, não são só as guerras, mais ou menos mediáticas, que se ganham nos media, curiosamente (ou não) não me recordo de ver nos (tais) media a reflexão que reproduzo abaixo.

Sobre o
                                                          25 de Abril,
                                                          disse Marcelo
                                                          Caetano:
                                                          "Em
                                                          poucas décadas
                                                          estaremos
                                                          reduzidos à
                                                          indigência, ou
                                                          seja, à
                                                          caridade de
                                                          outras nações,
                                                          pelo que é
                                                          ridículo
                                                          continuar a
                                                          falar de
                                                          independência
                                                          nacional. Para
                                                          uma nação que
                                                          estava a
                                                          caminho de se
                                                          transformar
                                                          numa Suiça, o
                                                          golpe de
                                                          Estado foi o
                                                          princípio do
                                                          fim. Resta o
                                                          Sol, o Turismo
                                                          e o servilismo
                                                          de bandeja, a
                                                          pobreza
                                                          crónica e a
                                                          emigração em
                                                          massa."
                                                          "Veremos
                                                          alçados ao
                                                          Poder
                                                          analfabetos,
                                                          meninos
                                                          mimados,
                                                          escroques de
                                                          toda a espécie
                                                          que conhecemos
                                                          de longa data.
                                                          A maioria não
                                                          servia para
                                                          criados de
                                                          quarto e
                                                          chegam a
                                                          presidentes de
                                                          câmara,
                                                          deputados,
                                                          administradores,
                                                          ministros e
                                                          até
                                                          presidentes de
República."

Em segunda nível, não pela importância mas pela opção de ordenamento, consideremos o "tresloucado sexagenário que resolveu começar a acertar contas com família e amigos a tiros de caçadeira".
O policiamento de proximidade verificava-se quando o Polícia conhecia o "bairro", estranhava quando uma janela estrava aberta ou uma luz acesa, que conhecia os carros e o habitual lugar de estacionamento (além das polícias, ainda me consigo lembrar do guarda nocturno). Depois vieram as super-esquadras, a motorização e... naturalmente a velocidade e a distância. No caso, e sem procurar desculpas mais ou menos esfarrapadas, esquecendo que é sempre melhor ser vizinho do maior criminoso, quando interrogados, os vizinhos, referem sempre o criminoso como "um gajo pacato, educado, prestável, que nada faria crer que pudesse fazer uma coisa assim", o que nos leva a considerar que também possa ter apoios locais. O efectivo da quadrícula local, possivelmente é insuficiente, comenta-se a inauguração de quartéis (com pompa e circunstância) mas questiona-se quantos militares os vão guarnecer? Mais uma vez, no caso, o reforço exterior pouco mais pode fazer do que "bater" as zonas suspeitas e - por estranho que possa parecer a brilhantes mentes menos avisadas nesta matéria - tornar-se-á muito mais simples apanhá-lo se o tal sexagenário resolver abandonar a área, é que, de novo citando "o guerrilheiro deve estar na guerrilha como peixe na água", e aquele é o aquário de décadas do sexagenário.


Por último (but not the least), naturalmente que no intuito de aligeirar a sobriedade da reflexão que esgotou o meu período de sobriedade cultural diária, também não sei se os homicídios não foram a pedido, como alegado pelo homicida na comarca do Seixal que reconheceu ter morto a mulher atirando-a pela janela do 4º andar (poderia ter sido outro, mas quis o destino que não morassem no R/C) porque "ela já andava a pedi-las há muito tempo".


Mas o 13 de Maio está aí, dois Papas canonizados (não mataram o dragão, por essas e por outras o S. Jorge voltou a ser Jorge) e... é a fé que nos salva.


Abraço grande e o convite para almoço mantém-se.


Rui LM


NOTA: e, por opção culturo-visceral recuso ponderar a utilização do Acordo Ortográfico (se é que tal coisa existe).

Reflexão-LBC futebol

O presidente da FIFA, Joseph Blatter, reconheceu hoje que foi "um erro" atribuir a organização do Campeonato Mundial de Futebol de 2022 ao Qatar.

Pois, mas as contrapartidas já lá estão...

Séries-The Good Wife (Season 1)



Reflexão-Luís Seara Melo

Alexandra Solnado vai ao parlamento falar de "vidas passadas"

Palestra promovida no âmbito das Jornadas da Saúde que estão a decorrer na Assembleia da República


Olha, leva-me esta gaja para aí, converte-a ao Islamismo ( basta-lhe mudar a treta para ‘ os livros foram-lhe ditados por Mohamed’ ) e verás o sucesso de mais um tuga no estrangeiro! E é menos um grande cretino à solta neste rincão… Depois só falta exportar mais alguns milhões para outras bandas. Aliás, este rincão tem azar porque dos seus 3 imensos recursos naturais, que não têm comparação noutros cantos do globo, ditos mais desenvolvidos, só um é exportável: um clima e um mar excepcionais ( que não se conseguem exportar ) e uma quantidade de gentios cheios de ambição que, a pouco e pouco, vão marchando para as 4 partidas do mundo, para terem algum sucesso às ordens dos outros… Só que esta gente tem sempre a mania de regressar à base ( para quê??!!…). Foi o que aconteceu comigo e ainda hoje me arrependo amargamente disso…


Luís Manuel Seara Carvalho e Melo

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Vasco Graça Moura (1942-2014)







Argélia-as regras de ouro

ARGÉLIA- as regras de ouro

"Ça va?" e "sans souci"! São estas as regras de ouro que caracterizam esta sociedade. Se o "ça va" corresponde ao tão infelizmente institucionalizado " tudo bem?" brasileiro, o "sans souci" pretende antecipar a inexistência de problemas de maior, com a contrapartida da manutenção de uma paz podre, que se reflecte, seja através de um objectivo "dolce fare niente", seja através do adiamento sistemático da resolução de todos os problemas.

"Cá se vai" e "sem problemas" anunciam assim, a completa estagnação de uma sociedade que alguns querem ver mudar (como parece ser o caso do nosso Dono de Obra, a ONA), mas que a maioria por uma razão enraizadamente cultural, quer manter.

E levarão muitos anos a alterar, já que este conceito está por demais entranhado, sobretudo nas camadas mais jovens. Para eles, passar à frente numa fila de carros ou pessoas, atravessar uma auto-estrada pondo em risco a sua vida e a dos outros, cuspir ou deitar o copo do café para o chão, andar de mota em contramão, galgar o passeio utilizando-o para passar à frente dos que estão na via, fazem parte do "quotidiano".

Prometer algo é como que deglutir ou pestanejar. Fazem-no sucessiva e inconscientemente.

Até os mais letrados falam entre eles em árabe, em frente de pessoas, com as quais deveriam ter um mínimo de cerimónia e educação.

Eis a razão pela qual "sans soucie" e "ça va" constituem o cartão de apresentação e os termos mais usados por aqui; "isto cá vai" e "sem problemas".

Efectivamente! Faria se os houvesse!

 

Argélia-Voleibol

ARGÉLIA-voleibol em Blida

Sem exagero, há umas dezenas de anos que não punha os pés num pavilhão, muito menos para ver um jogo de vôlei. Que me lembre, as últimas vezes foi para ver o Filipe e o Diogo, num dos seus Campeonatos em que se sagraram Campeões nacionais de andebol do desporto escolar. Só aqui já vão dez...
Hoje, 25.04.2014, fui a Blida ao pavilhão do ????, perto do estádio mais conhecido de Blida, ver um jogo entre a equipe local e o - creio - Cetif, equipa do leste da Argélia.

As peripécias foram várias: dar a volta à directora de recursos humanos da Sateig, a Ryma, que continua a julgar que, depois das eleições, está tudo a saque à volta de Algiers; ou o engarrafamento que, cinco km antes de Blida, está "em vigor" devido a trabalhos na estrada.
Quando chegámos, demos uma volta ao pavilhão para encontrar uma entrada, já que as portas,todas enferrujadas e a cair de podre, estavam todas fechadas.
Por fora, o pavilhão num estado de degradação inenarrável.
Quando entrei, o panorama não destoava. Tudo cheio de pó, pinturas a descolar, pombos a voar, uma degradação geral dos revestimentos, lixo pelo chão, mobiliário em falta, ou desconjuntado. Parece que passou algo por ali.
E depois as pessoas. Dentro do pavilhão havia quem fumasse, e deitasse a beata para o chão.
No campo, entre outras coisas, havia momentos em que três ou quatro jogadores dialogavam com os árbitros. O que vale é que a assistência era de três ou quatro dezenas. Vi até ao 2-2. Depois, dirigi-me a quem nos tinha dado uma dica sobre a entrada, troquei informações, e fiquei a saber quando, e onde me tenho de apresentar para treinar. Era o que queria.
Quanto ao jogo, pareceram-me mais do mesmo: altos, espadaúdos, descoordenados, transportadeiros, sem garra. Afinal algo que é o mote deste povo, ou seja, trabalhar para quê?
Com uma diferença de realçar: estes jovens que jogam vôlei, contrariam a grande maioria que, pelo meio da cidade, nada produz. E isso faz alguma diferença sem dúvida.

Argélia-Voleibol

ARGÉLIA-voleibol

 

Quando anunciei, no balneário dos veteranos Valsassina, que iria passar os próximos tempos na Argélia, de imediato se levantou o Sobral anunciando, para quem quisesse ouvir, que conhecia muito bem o Presidente da Federação Argelina bem como outro árbitro de voleibol, e que se eu quisesse, se disponibilizaria para entrar em contacto com eles para me facilitar a ambientação.

 

Vem este intróito a propósito dos argelinos serem como são, ou seja, prometerem tudo, e nada ou muito pouco cumprirem nos prazos que se pretendem.

Ora nós também somos assim...

 

Vim para a Argélia, com um mail do Sobral (depois de, por escrito, eu lhe ter "recordado o que ele tinha dito no balneário"..), em que me reencaminhava um mail do Lídio, de onde constavam dois mails (iguais!!..) de um suposto árbitro que tinha actuado com eles, e do qual tinham ficado com o contacto. Enviei-lhe dois mails, sem qualquer retorno, claro está.

Até aqui tudo como dantes, quartel em Abrantes...

Ou seja, depois do entusiasmo inicial do Sobral, veio a Bonança. Descartou o problema para o Lídio, e este para alguém, pelos vistos "lost in combat"!

 

Se os argelinos são "assim", nos não ficamos atrás...

(Como me dizia a Isabel no outro dia, nós os dois devemos ser muito bons!!!)

 

Mas a história não acaba aqui. Chegado a Algiers, e depois dos primeiros contactos com o Dono de Obra, consegui chegar a um elemento que, entusiasmado, logo disse que sim, também jogava e se disponibilizaria para me pôr em contacto com um grupo de veteranos.Até hoje...

 

Como eu sou assim, ou seja, quando tenho de resolver algo que me motiva, resolvo, meti-me no carro com o chauffeur, e depois de ter feito uma pesquisa exaustiva no Google (ainda antes de partir para a Argélia) lá encontrei um calendário de jogos do campeonato, um deles em Blida. Procurei o pavilhão, e no dia 25 de Abril, e ao mesmo tempo que decorria a favada nos Moínhos, estava eu a ver um jogo de vôlei em Blida, na Argélia. Há décadas que não via um jogo de vôlei ao vivo!

No final pus-me nas tamancas e fui ter com o gajo que me parecia ser o mais "integrado". Nem mais nem menos do que o seleccionador nacional que, de imediato se dispôs a apresentar-me ao coordenador de um grupo de veteranos que treinava às segundas e quartas.

Fiquei de aparecer no domingo (trabalha-se ao domingo...), e pelas 18.45 lá me apresentei no ginásio para falar com ele e com os responsáveis. Depois de uma conversa de meia hora, combinei aparecer no dia seguinte. Infelizmente, pelo facto de não haver motorista disponível, não apareci. Mas isso é outra história...

 

Não há dúvida que aquela marca desportiva tem um slogan bastante realista: "do it"

 

E não há dúvida que também não estamos assim tão longe dos argelinos. Afinal os antepassados deles eles andaram por cá...