ARGÉLIA-voleibol em Blida
Sem exagero, há umas dezenas de anos que não punha os pés num pavilhão, muito menos para ver um jogo de vôlei. Que me lembre, as últimas vezes foi para ver o Filipe e o Diogo, num dos seus Campeonatos em que se sagraram Campeões nacionais de andebol do desporto escolar. Só aqui já vão dez...
Hoje, 25.04.2014, fui a Blida ao pavilhão do ????, perto do estádio mais conhecido de Blida, ver um jogo entre a equipe local e o - creio - Cetif, equipa do leste da Argélia.
As peripécias foram várias: dar a volta à directora de recursos humanos da Sateig, a Ryma, que continua a julgar que, depois das eleições, está tudo a saque à volta de Algiers; ou o engarrafamento que, cinco km antes de Blida, está "em vigor" devido a trabalhos na estrada.
Quando chegámos, demos uma volta ao pavilhão para encontrar uma entrada, já que as portas,todas enferrujadas e a cair de podre, estavam todas fechadas.
Por fora, o pavilhão num estado de degradação inenarrável.
Quando entrei, o panorama não destoava. Tudo cheio de pó, pinturas a descolar, pombos a voar, uma degradação geral dos revestimentos, lixo pelo chão, mobiliário em falta, ou desconjuntado. Parece que passou algo por ali.
E depois as pessoas. Dentro do pavilhão havia quem fumasse, e deitasse a beata para o chão.
No campo, entre outras coisas, havia momentos em que três ou quatro jogadores dialogavam com os árbitros. O que vale é que a assistência era de três ou quatro dezenas. Vi até ao 2-2. Depois, dirigi-me a quem nos tinha dado uma dica sobre a entrada, troquei informações, e fiquei a saber quando, e onde me tenho de apresentar para treinar. Era o que queria.
Quanto ao jogo, pareceram-me mais do mesmo: altos, espadaúdos, descoordenados, transportadeiros, sem garra. Afinal algo que é o mote deste povo, ou seja, trabalhar para quê?
Com uma diferença de realçar: estes jovens que jogam vôlei, contrariam a grande maioria que, pelo meio da cidade, nada produz. E isso faz alguma diferença sem dúvida.
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