sexta-feira, 16 de maio de 2014

Reflexão-Rui Lourenço Maria


Deliciosa ( a provocação, claro) e merecedora de reflexão. Ora bem...
Quanto à realidade e o "alegado" milagre de Maio, é curioso.
O que é isso de "saída limpa"?
Aumentar exponencialmente a dívida pública para assegurar o pagamento de empréstimos anteriores, numa escalada permanente aos mercados?
É que ainda não vi qualquer redução nas despesas do aparelho do estado (em que isto está), antes pelo contrário, os cortes na área social não chegam para colmatar os aumentos do custo de funcionamento do aparelho do estado (o tal) e compadrios económicos associados.

Quanto aos dirigentes políticos (no poder e oposição) permito-me citar Churchill: "Estadista, trabalha para uma geração. Político, pensa e trabalha para a próxima eleição". O facto é que nem políticos temos, para atingir o estatuto é necessário pelo menos conhecer a "polis" e as suas necessidades e anseios. E , de facto, não são só as guerras, mais ou menos mediáticas, que se ganham nos media, curiosamente (ou não) não me recordo de ver nos (tais) media a reflexão que reproduzo abaixo.

Sobre o
                                                          25 de Abril,
                                                          disse Marcelo
                                                          Caetano:
                                                          "Em
                                                          poucas décadas
                                                          estaremos
                                                          reduzidos à
                                                          indigência, ou
                                                          seja, à
                                                          caridade de
                                                          outras nações,
                                                          pelo que é
                                                          ridículo
                                                          continuar a
                                                          falar de
                                                          independência
                                                          nacional. Para
                                                          uma nação que
                                                          estava a
                                                          caminho de se
                                                          transformar
                                                          numa Suiça, o
                                                          golpe de
                                                          Estado foi o
                                                          princípio do
                                                          fim. Resta o
                                                          Sol, o Turismo
                                                          e o servilismo
                                                          de bandeja, a
                                                          pobreza
                                                          crónica e a
                                                          emigração em
                                                          massa."
                                                          "Veremos
                                                          alçados ao
                                                          Poder
                                                          analfabetos,
                                                          meninos
                                                          mimados,
                                                          escroques de
                                                          toda a espécie
                                                          que conhecemos
                                                          de longa data.
                                                          A maioria não
                                                          servia para
                                                          criados de
                                                          quarto e
                                                          chegam a
                                                          presidentes de
                                                          câmara,
                                                          deputados,
                                                          administradores,
                                                          ministros e
                                                          até
                                                          presidentes de
República."

Em segunda nível, não pela importância mas pela opção de ordenamento, consideremos o "tresloucado sexagenário que resolveu começar a acertar contas com família e amigos a tiros de caçadeira".
O policiamento de proximidade verificava-se quando o Polícia conhecia o "bairro", estranhava quando uma janela estrava aberta ou uma luz acesa, que conhecia os carros e o habitual lugar de estacionamento (além das polícias, ainda me consigo lembrar do guarda nocturno). Depois vieram as super-esquadras, a motorização e... naturalmente a velocidade e a distância. No caso, e sem procurar desculpas mais ou menos esfarrapadas, esquecendo que é sempre melhor ser vizinho do maior criminoso, quando interrogados, os vizinhos, referem sempre o criminoso como "um gajo pacato, educado, prestável, que nada faria crer que pudesse fazer uma coisa assim", o que nos leva a considerar que também possa ter apoios locais. O efectivo da quadrícula local, possivelmente é insuficiente, comenta-se a inauguração de quartéis (com pompa e circunstância) mas questiona-se quantos militares os vão guarnecer? Mais uma vez, no caso, o reforço exterior pouco mais pode fazer do que "bater" as zonas suspeitas e - por estranho que possa parecer a brilhantes mentes menos avisadas nesta matéria - tornar-se-á muito mais simples apanhá-lo se o tal sexagenário resolver abandonar a área, é que, de novo citando "o guerrilheiro deve estar na guerrilha como peixe na água", e aquele é o aquário de décadas do sexagenário.


Por último (but not the least), naturalmente que no intuito de aligeirar a sobriedade da reflexão que esgotou o meu período de sobriedade cultural diária, também não sei se os homicídios não foram a pedido, como alegado pelo homicida na comarca do Seixal que reconheceu ter morto a mulher atirando-a pela janela do 4º andar (poderia ter sido outro, mas quis o destino que não morassem no R/C) porque "ela já andava a pedi-las há muito tempo".


Mas o 13 de Maio está aí, dois Papas canonizados (não mataram o dragão, por essas e por outras o S. Jorge voltou a ser Jorge) e... é a fé que nos salva.


Abraço grande e o convite para almoço mantém-se.


Rui LM


NOTA: e, por opção culturo-visceral recuso ponderar a utilização do Acordo Ortográfico (se é que tal coisa existe).

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